sexta-feira, 11 de maio de 2012

Acessibilidade em Piscinas

Hoje no blog vou contar uma história.


ERA UMA VEZ....
Um senhor que sofreu um acidente e após a recuperação, necessitou de cadeiras de rodas.


Após o acidente o Aparecido adaptou-se bem à estrutura que tinha num sobrado até encontrar uma casa térrea dentro de suas condições financeiras. Embora térrea a casa adquirida não era de fácil acesso.

O desejo de reforma se direcionou principalmente à parte externa da casa, o lazer, por se tratar do espaço mais utilizado pelo cliente.A maior preocupação era como ele entrava na antiga piscina: estacionando a cadeira em frente a borda, ele se impulsionava até cair na água.


Numa conversa informal com a arquiteta, ela propôs um estudo para melhorar a acessibilidade na piscina e na parte externa.


Os instrumentos existentes no mercado para facilitar o acesso á piscina por cadeirantes e portadores de outras deficiências de locomoção, são em sua maioria, sistemas mecânicos, o que geraria uma manutenção que não interessava aos envolvidos no projeto.





Desenvolvimento do Projeto


A arquiteta estudou a transição do Aparecido do carro para a cadeira e vice-versa. Após análise da transferência citada, o primeiro croqui foi ganhando forma. 
De início imaginou-se uma caixa para ele entrar na água como se saísse do carro, percebeu-se que ele deveria ter uma rampa (muito prolongada, para suavizar) porém, o projeto ficava um pouco prejudicado pela área reduzida.
Em conversas com o Aparecido, ele disse que o estreitamento de certas partes para ele não o prejudicaria, e disposto a encarar o desafio, ele acreditou na eficiência no projeto e executou.


A área externa recebeu decks de madeira para ligar a casa à parte coberta da churrasqueira, assim evitaríamos, quebrar todo piso externo, nivelar e outras atividades, reduzindo o tempo de obra e o custo final. Um banheiro externo foi reformulado e reposicionado para o acesso da cadeira.
Assim como a churrasqueira e o balcão da ilha, que atende ao churrasqueiro com facilidade.


As medidas e alturas não seguem os padrões exigidos pela ABNT, porque o Aparecido já tinha uma rotina em área não adaptada, então ele preferiu um meio termo para ele e para os amigos e familiares não cadeirantes. Algumas alterações do projeto original foram feitas na obra, mas a essência original do projeto permaneceu intacta.


Então... eu pergunto a vocês: o que podemos tirar de conclusão dessa história?!
Que com uma pequena iniciativa "projetual" a arquitetura mudou a vida de alguém, possibilitando maior qualidade de vida da mesma!...


#arquitetosMudamoMundo

2 comentários:

  1. Sensacional! Por vezes as pessoas esquecem que dar acesso a todos não é uma condição, e sim um direito, um dever... humanizar! Parabéns!!! Beijo Tu

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